É possível viver de um jeito muito gostoso em áreas reduzidas, como mostram os três apartamentos desta reportagem. Mérito de reformas que uniram ambientes para conquistar a sensação de amplitude e de modos racionais de ocupar esses espaços – sem lotar demais e sem deixar de atender aos desejos dos moradores.
Três histórias de reforma renderam 30 ideias valiosas para espaços pequenos. A primeira história vem de Minas Gerais. O arquiteto Marcelo Alvarenga se encantou por um apartamento de 68 m² no edifício JK, em Belo Horizonte, projetado por Oscar Niemeyerem 1952. Na reforma, atualizou os espaços criando móveis multiúso. O segundo projeto, de São Paulo, tem inspiração na cidade de Nova York, onde o arquiteto Robert Robl morou e se aperfeiçoou no trabalho com imóveis de medidas enxutas. Cores escuras foram usadas sem parcimônia e a cozinha permaneceu fechada, como pedia o estilo de vida do morador. Por fim, o apê de 112 m², medida certa para um jovem casal de São Paulo, ganhou projeto da arquiteta Mariana Andersen, da Casa 14 Arquitetura. As fotos você confere na galeria de imagens a seguir.
Marco Antonio
<strong>1</strong>. A estante de laca branca foi pensada para guardar livros, acomodar a TV e o aparelho de som. Além de funcionar como divisória com a cozinha, o móvel ajuda a manter a sala organizada. Execução da Aseli Planejados. Na sala, o sofá desenhado pelo proprietário tem braços revestidos de capacho para os gatos de estimação, Levi e Gandalf, arranharem. Poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, tapete da Marie Camille e mesas de centro da São Romão.
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Detalhes da fachada e do painel de azulejos do edifício.
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<strong>2</strong>. Note que a profundidade da estante é menor na face voltada para a cozinha (9 cm) do que na sala (32 cm). As prateleiras mais estreitas acomodam enfeites. O móvel ainda disfarça o pilar que restou da demolição de uma parede.
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<strong>3</strong>. Portas de vidro aramado conferem leveza ao louceiro de laminado melamínico e evitam que pratos, copos e travessas fiquem expostos à poeira. A peça, fixada acima da bancada, mede 3 m x 40 cm, altura de 35 cm. <strong>4</strong>. Marcelo criou a área de serviço no espaço de 2 x 2 m, antes ocupado pela cozinha. Ela é oculta por este módulo, coberto de lambri de madeira, 50 cm mais baixo que o pé-direito (de 3 m) para assegurar a ventilação.
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<strong>5</strong>. Combinação de copa e sala de jantar, este espaço ganhou uma mesa com tampo de vidro, desenhada pelo arquiteto, que contribui para a leveza visual. Cadeiras Brno e Série 7, da Forma (Loja Teo), e bowl de fios coloridos da Hogar.
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Obras de arte e uma arandela (Loja Teo) compõem o arranjo de parede na lateral do sofá. A cadeira Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha, é da Grampo. Na coluna da estante, à frente, os círculos vazados nas prateleiras servem para os gatos escalarem o móvel e chegarem a um túnel sob uma viga. À direita, o módulo da área de serviço esconde geladeira e micro-ondas e acolhe vasos de plantas.
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<strong>6</strong>. O arquiteto aproveitou que precisava alinhar uma viga com gesso e projetou um túnel para os gatos. Os felinos acessam a passagem por meio das estantes. Estratégicos, os recortes em formato de carinha possibilitam a limpeza.
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<strong>7</strong>. De MDF laqueado, o armário da sala (4,50 m x 60 cm, altura de 2,35 m) guarda documentos, roupas, objetos e malas. Note que orifícios substituem os puxadores e nichos abertos tiram da peça o aspecto de paredão. Perfurações associadas aos livros e enfeites à mostra dão movimento ao desenho do armário da sala. Junto à porta de entrada, o capacho vermelho embutido preencheu o vazio surgido com a remoção de alguns tacos. No quarto, o arquiteto assumiu a emenda na folha de revestimento da bancada, aplicando laca azul em uma extremidade da peça. <strong>8</strong>. Já que o corredor do prédio é bem arejado, o arquiteto projetou esta abertura ripada na porta de entrada para favorecer a ventilação cruzada no apartamento. Uma portinha pivotante fecha o recorte de 70 x 20 cm.
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9. No quarto, a bancada de trabalho acompanha os 3,10 m de extensão da janela e oferece apoio a objetos. Por ser apenas uma prancha de madeira, fixada nas paredes laterais, não obstrui a claridade natural.
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10. Quando chegou do antigo apartamento de Paulo André, companheiro de Marcelo, a cama não tinha cabeceira. O arranjo de quadros, um mix de imagens sagradas e profanas, cumpriu a função com estilo. Roupa de cama da Monograma.
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<strong>11</strong>. Duas sapateiras embutidas na base da cama ajudam a aproveitar cada centímetro disponível no quarto. Seus casulos têm 70 x 35 cm, altura de 28 cm, e dispõem de uma porta que abre para baixo.
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12. A prateleira do banheiro mescla charme e função. Montada com duas mãos-francesas de ferro, que o morador trouxe do Uruguai, e uma placa de vidro de 62 x 15 cm, organiza e deixa à vista os frascos de perfume.
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<strong>13</strong>. Um painel de carvalho ebanizado reveste toda a parede que separa cozinha e sala de jantar. O recurso alonga o ambiente e, ao mesmo tempo, torna a decoração masculina e elegante. Execução da Fenarte Marcenaria. <strong>14</strong>. Acoplado ao fundo de madeira, o banco suspenso economiza uma faixa de 60 cm na área da sala de jantar, medida que seria necessária para a movimentação de cadeiras. Futons da Futon Company e cadeiras da Micasa.
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<strong>15</strong>. O nicho espelhado traz um clima de bar, como pediu o morador, fã da noite paulistana. Em momentos de festa, o local acomoda bebidas. No dia a dia, o recuo de 15 cm guarda livros, vasos e objetos. Ao eliminar um dos quartos da planta, a reforma resultou em uma área de convivência com home theater, estar e jantar. O arquiteto dispensou o forro de gesso, preservando o pé-direito de 2,70 m, e, para manter o teto visualmente limpo, adotou apenas um ponto de luz: o pendente articulado da Iluminação Moema.
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<strong>16.</strong> Desenhado pelo arquiteto, o pufe de 1,10 x 1,10 m, altura de 37 cm, transita pela sala e funciona como assento extra. Ele se encaixa sob a mesa espelhada. Tecido da Donatelli e tapeçaria de Eduardo Saveiro.
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<strong>17</strong>. Integrar a cozinha à sala implicaria em deixar o ambiente com ares de área social. O morador escolheu mantê-la fechada e adotar uma marcenaria mais simples, de laminado melamínico, em uma única parede.
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20. Luminárias soltas complementam o ponto de luz solitário que existe no teto da área social. Na lateral do sofá, o modelo de piso é da Conceito Firma Casa, e o abajur de bolas cromadas, da Simone Figueiredo Luz. "Em áreas enxutas, posicione o sofá na maior parede do ambiente e prefira um modelo com 90 cm de profundidade", indica Robert. Após escolher o estofado (Eva Modiano), ele montou o arranjo de quadros (obras em preto e branco da Loja Teo) e selecionou mesas laterais diferentes, da Fenarte Marcenaria, à esquerda, e da Desmobilia, à direita.
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<strong>21</strong>. Revestido de mogno, o aparador baixo (2,80 x 60 cm, altura de 40 cm) pertencia ao antigo morador e foi vendido com o apartamento. O móvel segue a linha clean, privilegiada pelos novos proprietários. Telas coloridas da Arterix.
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<strong>22</strong>. Como o casal queria mudar o mais rápido possível, toda alternativa que apressasse a obra era bem-vinda. Um exemplo está na parede coberta de tinta com efeito de concreto (Suvinil), mais econômica do que o cimento queimado. O apartamento foi pintado de cores claras. Nuances intensas ficaram reservadas para móveis e objetos. Na sala de estar, o sofá berinjela é de Fernando Jaeger. Poltrona Mole e cadeiras Diz, de Sergio Rodrigues (Dpot). Tela de Speto, almofadas e vasos da Interni e tapete da Phenicia Concept.
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24. Parece janela, mas não é. Fixado na parede ao lado da ilha da cozinha, entre a porta de entrada e a que dá acesso à lavanderia, um espelho reflete a vista do terraço em frente e amplia a sensação de profundidade no espaço. <strong>23</strong>. Em boas condições, os armários da cozinha, de laminado texturizado, foram preservados. Na entrada da casa, um nicho e um aparador com jeito de estante fazem a transição para a área social. Cafeteira da Illycaffè Sud America. <strong>25</strong>. Projeto da arquiteta, a ilha de 1,83 x 1,47 m é cheia de gavetões, distribuídos em quatro módulos: dois nas laterais do fogão e dois no lado oposto. Feita de MDF coberto de aço (Securit), tem tampo de Corian (Alpi).
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No dia a dia, a mesa de jantar fica encostada à ilha. Por isso, tem largura igual à desta peça e foi produzida com os mesmos materiais. Quando chegam visitas, o móvel é afastado e acomoda até oito pessoas. Cadeiras Iaiá, de Fernando Jaeger. Cerâmicas vermelhas de Zezé Andersen.
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<strong>26</strong>. No lavabo, a bancada delgada (30 cm de profundidade) segue a largura de um pilar existente no lado esquerdo do espaço. Apenas a cuba (Deca) se projeta para a frente, propiciando mais conforto durante o uso.
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27. Aconchegante, o piso de cumaru recobre as áreas íntima e social, o que reforça a continuidade entre os ambientes. "Tive que mandar restaurar o revestimento. Ele foi raspado e recebeu resina fosca", explica a arquiteta. <strong>28</strong>. Portas de correr com abertura central (José Maria Marcenaria) liberam a passagem para o escritório. Quando fechadas, os frisos emprestam às peças o aspecto de painel. Luminária da Lumini e cadeira da Casamatriz.
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<strong>29</strong>. Com 3,30 m de largura, a cabeceira veste a parede, alongando visualmente o quarto. Da linha Brise, o painel de madeira e MDF foi aparafusado na alvenaria e faz par com o criado-mudo (ambos de Fernando Jaeger). <strong>30</strong>. O tapete com borda irregular DoLo-Rez, do designer israelense Ron Arad (Casamatriz), brinca com diferentes alturas e tons de vermelho. Feito de pura lã (1,84 x 2,76 m), criou uma base alegre para a cama. Apostar em poucas e boas peças é o conceito empregado em toda a decoração do apartamento e que se nota claramente no quarto. O ambiente comporta a cama da Auping (Collectania), arrumada com enxoval da Buddemeyer (Casa Almeida). Luminária da Lumini.
Uma sapateira e sete jeitos de aproveitá-la
Guardar sapatos é só o modo mais óbvio de usar essa peça versátil, coprada em feiras. Ela pode virar armarinho na lavanderia, no escritório e no banheiro, móvel de apoio em festas, porta-brinquedos e até uma inusitada jardineira.
Fundada em 2008, a Global Stone Emporium pertence a um grupo com mais de 40 anos de tradição, que tem negócios tanto na área de extração de granitos quanto na produção, beneficiamento e comercialização de rochas ornamentais. Com a expertise de atuação no comércio internacional, desenvolveu - em parceria com os melhores fornecedores do mundo - linhas exclusivas de pisos, revestimentos, rodapés, mosaicos, rosáceas, cubas, tampos para mesa, pastilhas, faixas, tosetos e placas de grandes dimensões, para serem comercializados através da rede de lojas Global Stone Emporium. Graças à originalidade deste negócio promissor, a rede cresceu rapidamente, contando com cinco lojas no Estado de São Paulo, nas cidades de Itapira, Mogi-Guaçu, Pirassununga, São João da Boa Vista e Indaiatuba e cinco estações de vendas em Andradas (MG), Londrina (PR), Araçatuba, Jaguariúna e Ribeirão Preto (SP). A GLOBAL STONE EMPORIUM TEM EM SEU SITE O SIMULADOR DE AMBIENTE, ONDE VOCÊ PODE SE DIVERTIR COM OS MATERIAIS QUE SÓ A GLOBAL STONE TEM. VEJA UM DOS AMBIENTES QUE EU MONTEI COM O SIMULADOR DA GLOBAL STONE  |
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